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O Irã aposta num novo despertar islâmico (Vídeo)

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O embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeg, disse em entrevista a blogueiros independentes, na quarta-feira, 28/11/12, na sede diplomática em Brasília, que os últimos acontecimentos refletem um novo despertar islâmico, cada vez mais independente da dominação ocidental, apesar das guerras de conquistas, perpetradas contra o Iraque, depois a Líbia, a Síria e a Palestina. Lembrou a propósito seu próprio país que, debaixo de draconianas sanções econômicas, dinamizou sua tecnologia e reforçou o relacionamento com os vizinhos, a ponto de hoje tornar-se no 17. país do mundo. Nem por isso, como relatou,  as sanções deixaram de afetar gravemente as populações vítimas dessas perseguições, citando o exemplo do Iraque, que, como disse, mataram muito mais crianças do que as invasões militares contra o regime do ex-presidente Saddam Hussein.

Veja aqui o vídeo da entrevista, por Helena Iono, da TV Cidade Livre de Brasília, Canal da 8 da NET (Só DF)

No seu entender, a chamada primavera árabe constitui o longo despertar das populações, que começou com a revolução iraniana de 1979, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, pondo fim à longa dominação dos Estados Unidos e da Europa, para se levantar como um país soberano, próspero e com alta tecnologia. Tal mudança se intensificou nos últimos meses com a rebeldia de países, que não se restringem ao Egito, mas a outros, como Bahrein, cujo movimento não é destacado pela mídia hegemônica, que considera dominada e pelo sionismo.  Ele ainda citou o crescimento das exportações do Irã para países como a Turquia (25 bilhões de dólares), China (50), Índia (15 ), Rússia (7), Brasil (2,4) e a expansão de seu relacionamento com países da América Latina: “As sanções acabaram nos ensinando a procurar outros parceiros e a diminuir nossa dependência da Europa”. O embaixador Ali Ghanezadeg manifestou satisfação com as negociações recém entabuladas com a Argentina para superar o contencioso provocado por ataques a mesquitas em Buenos Aires, atribuídas a iranianos, no que considera mais uma obra das perseguições do sionismmo contra seu país.

O representante iraniano ainda se mostrou confiante nas negociações com o Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha – mais a Alemanha), sobretudo da última reunião em Moscou, quando o Irã teve oportunidade de melhor esclarecer os reais objetivos de seu programa nuclear de caráter pacífico e voltado para a tecnologia, segundo afiançou. Finalmente, o embaixador disse que o Irã está superando o corte das transmissões para a Europa de seus canais de TV par a Europa, sobretudo da Press TV e da Spam TV, (em inglês e espanhol), através de negociações com alguns países europeus e com o desenvolvimento de seus sites na internet e outras tecnologias paralelas próprias. “Há 33 anos, desenvolvemos nossa própria tecnologia, depois das sanções, desde o início da Revolução, quando apreenderam nossas reservas monetárias e proibiram a remessa de peças de reposição para nossos aviões”, afirmou o embaixador.

Jornalista Beto Almeida – Durante a entrevista,o embaixador Ali Ghanezadeg entregou o certificado de participação especial à XVII Cúpula dos Países Não Alinhados ao jornalista Beto Almeida, da Telesur e da TV Cidade Livre de Brasília, realizada em 30 de agosto, em Teerã. Beto foi convidado oficial ao evento que marcou outra ofensiva internacional dos iranianos contra o isolamento que lhes tenta impor o Ocidente. (Foto de Helena Iono)

O Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) reúne 125 países , em geral nações em desenvolvimento, com o objetivo de criar um caminho independente no campo das relações internacionais que permita aos membros não se envolver no confronto entre as grandes potências. Boicotado por essas potências, o MNA não se reunia desde 2006, data de sua última reunião em Havana, que o liderava, e agora surge como uma nova trincheira dos países independentes em busca do mundo pluripolar, sob a batuta iraniana.

A cúpula reuniu representantes de 87 países e contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Na entrevista o embaixador iraniano assinalou que países como o Canadá tentaram boicotar a cúpula, fazendo pressões junto à ONU, para evitar a presença do secretário Ban Ki-moon. Por sua vez, Israel acusou Ban Ki-Moon de boicotar osesforços da chamada comunidade internacional contra o programa nuclear do Irã.

 

Veja aqui mais declarações do embaixador do Irã. (Vermelho)

Saída do TNP, se atacado (Agência Estado)

 

1 COMMENT

  1. Senhor Embaixador,Estava e0 espera de me ‘camuflar’ entre os hatbiue9s, mas, prae7a deserta, decidi avane7ar com a m/ opinie3o sobre este post!Desculpare1 a ligeireza mas, diria que, aquele Diplomata era dos que “Quem fala assim, ne3o e9 gago…”!Gostei imenso do que ele respondeu… e do que subtilmente deixou no ar, por dizer…C/os meus cumprimentos,Ce9sar Ramos

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