(Programa retransmitido pela TV Cidade Livre de Brasília, Canal 8 da NET (Só no DF), às segundas, às 7 da manhã, quartas, às 19:30, e quintas, às 13 horas)
Beto Almeida acaba de chegar de Cuba, onde cobriu, inclusive para este blog, a II Cúpula da CELAC e a inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel,a 45 quilômetros de Havana. Em 32 minutos de conversa aberta e informal, Beto, que está organizando uma cátedra na universidade cubana sobre jornalismo de integração, com participação de intelectuais dos países do sub-continente, falou também do que chama de jornalismo da desintegração.
Ele se refere ao trato do noticiário sobre os dois eventos, que recolocaram Cuba na agenda internacional, e da cobertura jornalística, em geral, dos atos dos presidentes progressistas, desde a ascensão de Hugo Chávez ao poder, em 1999. É tal a despreocupação com a verdade factual, que o jornalista radicado em Brasília, dirigente da Telesur, a rede multiestatal, e da TV Cidade Live de Brasília, retransmissora de nossas entrevistas, constata reações contrárias aos avanços, tanto à direita como à esquerda.
Ele toma como exemplo o financiamento, pelo BNDES brasileiro, na reconstrução do Porto de Mariel: a mídia hegemônica, defendendo os interesses das multinacionais que antes tinham o privilégio absoluto sobre os contratos, fala de desperdício e favorecimento aos irmãos Castro: e setores de esquerda questionando o contrato como uma forma de sub-imperialismo, por ter beneficiado a Odebrecht, a grande construtora brasileira. Ele indaga então: e os 156 mil empregos criados no Brasil e a mobilização de 400 de nossas empresas para suprir uma demanda com os parceiros cubanos que nos fornecem vacinas a um preço 90% inferior ao cobrado internacionalmente, os 11 mil médicos que cuidam de nosso interiorzão abandonado. Mas não vamos contar tudo da entrevista para não tirar o sabor do suspense.
Veja também:
Artigo: O Porto de Mariel, Brasil, Cuba e o socialismo
Celac: o empenho dos presidentes em serem práticos
[…] Por Beto Almeida (*) […]